Odeio títulos óbvios e não-óbvios, odeio títulos. Tudo está acontecendo e vai continuar acontecendo, na sua
velocidade, na sua doçura azeda. Os dias não vão passar mais rápidos, as coisas
não vão chegar, nem tampouco acontecer mais rápidas. As plantas crescem, e essa
é a catarse do dia(!). Não adianta você molhar, cantar, soprar, pisar, matar, nada
vai fazer com a planta o que o tempo faz. E é assim que você (eu) cresce, a
passos de plantas, por mais que exista um demônio solto dentro de você,
resvalando em cada barreira que ainda não foi quebrada, você precisa esperar os
dias passarem, como cada mortal, sua vontade de gozar de tudo –em tudo– logo não é
suficiente. O mal(bem)dito tempo insiste em ser sábio e ponderado, insiste em
mostrar-nos que você não pode tragar o cigarro todo de uma vez, que cada coisa
tem seu maldito tempo de acontecer, por mais revoltante, por mais odioso, não
importa a urgência que você carrega dentro de si, não importa a urgência, não
importa nada, nem que essa urgência pareça mais com som de navalha cega na carne,
na pele, não importa, as malditas plantas crescem.
Maldito tempo! Sempre a solução e o problema de tudo. Pior é quando ele resolve agir quando não se precisa mais dele!
ResponderExcluirum beijo,
Natália - http://contosdenatalia.blogspot.com.br/