domingo, 11 de novembro de 2012

Brisa


Sabe essa gente boba, que fica andando com roupa de hippie, cabelo de hippie, ouvindo música de hippie e se dizendo hippie, ainda existe essa gente? Pois é, essa gente que a gente acha boba quando vê... Queria ser essa gente, ou melhor, queria ser brisa, é isso, eu queria ser brisa. E daí? Eu posso ser tudo. Eu nasci nessa condição de ser (humano) e tenho esse direito, de ser efêmero, de não ficar e de brincar de pleonasmo, de dizer poder ser efêmero, por mudar e não permanecer. Eu posso errar. Quero ser brisa. Quero ventar em mim e em você, quero ventar por ai, sem pertencer, já sou brisa. Não pertenço, passo. Escrever é tão libertador, escrevo como brisa, passando, deixando cair palavras, me liberto. Sou brisa. E eu quero soprar palavras por ai, ser ouvido como assobio, leve e cortante, suave e não-suave. Perdi a leveza. É assim, brisa vira ventania, que destelha, que vira tormenta, que mata. Mas ainda assim, quero ser brisa. E eu quero sorrir, feito brisa. Quero ser o vento que passa por você. Quem é você? Quero ser brisa. Adoro e odeio ao mesmo tempo não fazer sentido, feito esse texto. Mas sabe, eu quis brincar de ser leve, de ser brisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Gentileza gera gentileza." - Profeta Gentileza.