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Grande parte da minha vida se resumi a encarar uma
página em branco. Pronta para ser escrita, inscrita, circunscrita. Intimidando-me,
tragando-me com olhos de Capitu. Implorando para que eu a escreva, vista-a,
cubra sua nudez com a minha, implorando para que me dispa e derrame nela.
Porém, outra grande parte da minha vida se resume a deixar de encarar essa
folha em branco, com a maior frustração do mundo, por não ter conseguido
me entregar, por não ter conseguido criar, parir. Parte daí a associação da dor
ao ato de escrever, porque quando a encaro e não escrevo me frustro, quando a
encaro e escrevo me morro em linhas.
A cada texto que leio te amo um pouco mais. Porque é muita brilhantude para uma única pessoa. E ai de você se não ganhar um Nobel!
ResponderExcluirA cada texto que leio te amo um pouco mais. Porque é muita brilhantude para uma única pessoa. E ai de você se não ganhar um Nobel!
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