Poeta do desespero. Poetizo sempre em desespero. Poetizo é para fazer parecer
bonito, mas é mesmo escrever, escrevo em desespero. Tudo que eu escrevo é uma
ode do desespero de algo. Sou um escritor inconstante, que só sabe escrever
quando isso lhe parece a única coisa a ser feita. Um escritor da solidão e da
dor. Pronto, me assumo como escritor, por mais que tenha vergonha, e que soe
auto-apelativo, é a única coisa que me ocorre organicamente, que me ocorre sem
mim, é além, além mundo, além vida, além mim. Escrever é além, isso, apenas
além. Essas construções absolutamente desconstruídas, ferindo a querida língua
portuguesa. É. E é isso, é por ser, e apenas é, escrever é, no mais inteiro e
plurissignificativo significado de ser; escrever, é. E todo esse discorrimento
aleatório não passa de uma ode a escrita, disforme, feita por um eu-não-lírico
absolutamente desesperado –como sempre. Mas além do desespero da necessidade,
há um que de
não-saber-sobre-o-que-escrever e um pouco de não-saber-o-que-fazer-com-isso,
isso o que? Nem o eu-não-lírico(eu) sabe. Vou parar por aqui, o texto tava bom
a algumas linhas a cima, agora, desandou. Para não dizer que não falei das
flores, flroes.
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