Vida Morna

Peito aperta, e as lágrimas correm e angústia sufoca. Por que de uma vida morna? É isso, essa é a questão o peito dele -ou seja o meu, sabe é que as vezes eu jogo tudo para a terceira pessoa, porque soa mais fácil apontar os erros, angústias e medos de uma terceira pessoa, bem como a gente vê nossos erros nos outros, eu personifico eu em outro, para me ver e jogar, para ver se a angustia dele, ou seja, minha,  se aplaina um pouco mais no meu coração, ou seja, no dele.

Isso é estranho, é a primeira vez que eu explico minha estrutura narrativa, talvez isso tenha sido para mim sabe, para ver se eu me leio e compreendo que o que escrevo, escrevo para mim. É muito estranho mesmo ler um texto tão claro vindo de mim, tão explicado, explícito e direto, geralmente tão hermético, fechado e misterioso, até mesmo para mim... Sim, eu sou misterioso para mim, me conheço muito pouco...

Mas ainda tentando, voltando ao o que eu dizia, sobre ele (eu), ele vem buscando a solução para esquentar a vida morna, ou esfriar, quer pedra de gelo ou labareda de fogo. Ou simplesmente uma explicação, porque tão morna, se entender, vai levar, talvez, é isso, talvez não.. O texto que eu queria escrever não era esse, mas como eu não planejo, só escrevo, desce, nasce, despenca de mim, foi isso, despendo alto e caiu bem aqui.

É isso, e desculpa essa coisa chata e clichê, mas não gostei muito não...