Porque para mim amor é o amor que há em mim, que me marca e
rasga, é produto de tudo aquilo que eu vi e que me marcou, e rasgou.
Tudo aquilo que me cortou e queimou,
que me ensinou a amar, tudo que se inscreveu em meu corpo, como tatuagem d’alma,
é que trouxe para empiria o transcendental amor, e por isso amo, pois assumo
que o amor –vivo ou não– já reside em mim.
Por isso digo que além do “instinto de amar”, se é que ele
existe, só amo porque possuo memórias de amor em mim, de todas as pessoas que já
me amaram, das melhores e piores formas, por todas as pessoas que já amei, das
melhores e piores formas, por todo amor que já passou por mim, marcando-me. E
enquanto me perco no texto, concluo que talvez amor não seja apenas memórias,
mas que as memórias mais caras em meu corpo são amor em si.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Gentileza gera gentileza." - Profeta Gentileza.