quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Morto


Ouvindo aqui.

Já escrevi e apaguei, não sei...um livro? Talvez. To cansado dessa tentativa esquizofrênica de construir um discurso preenchido de nexo e não só de léxico como de usual. Sabe a sensação de ser um filhote de girava tentando levantar pela primeira vez, o texto vai crescendo, levantando, desmorona.  Poucas vezes eu estive com tanta dificuldade para escrever um texto ao ponto de escrever exatamente o que esta acontecendo.  Enjoo social, do social inteiro e de mim. Ando enjoado de ter relações com pessoas. Eu sou uma pessoa. A vontade é me trancar em um quarto, escuro, a brasa do cigarro como única fonte de iluminação, e o silêncio, ou algo tão belo quanto ele. Como quem sabe...puro jazz? Sim, só os instrumentos que tocam a alma, nada de voz, nem dela, só os instrumentos. Eu quero o som divinamente metálico e sem vida, que é feito por vida, mas em si, sem vida. Assim como um texto, depois de escrito morto. Ou ele vive e quem morre sou eu? To morto.

6 comentários:

  1. Ponto mais alto do texto: "Eu quero o som divinamente metálico e sem vida, que é feito por vida, mas em si, sem vida." Construção perfeita!

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  2. Cara, bacana. Conheça a Facção do Tempo! Somos da mesma linha!

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  3. Amei, e me identifiquei muito... Parabéns!

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"Gentileza gera gentileza." - Profeta Gentileza.