Espera. Por mim você sempre ficava mais um pouco. Elis me
enche tanto que as vezes nem consigo esvaziar de uma forma plausível. Mas é que
no fundo eu gosto quando a noite vem. E é verdade também que eu quero ser a
cicatriz risonha e corrosiva e quero ter. Fixação pela ferida. As vezes eu
quero morar dentro da ferida, as vezes eu sou a ferida, sou a dor. Vez em
quando tenho medo de viver pela dor. Vivo. Sou um viciado. Novidade. Sou tão
propenso a partir, sempre antes da hora, eu quase nunca aproveito a parte boa,
perde a graça antes. Ainda é cedo amor, fica mais um pouquinho. Falo pra mim.
Mas a hora de partida já é anunciada e decidida. Transcrevo. Roubo, roubo de
cajus, cartolas, elis, boscos e buarques. Roubo de mim, sou um exímio ladrão.
De mim. Me roubo sempre. E de jades, verdade, roubo muito de jades também. Sou
uma falácia, uma farsa. Mas na verdade o que vale é ser e eu sou amor e dor e
tudo que sempre digo. Cansei.
Que lindo *-*
ResponderExcluirMuito obrigado!
ResponderExcluirEu AMO o jeito que você cospe. VOCÊ COSPE POESIA! <3
ResponderExcluirObrigado Gess!
ResponderExcluirMuito bonito. E você escreve com uma leveza e um jeito único. Parabéns! (:
ResponderExcluirMuito obrigado Mariana Castilho!
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