Sabe a dúvida boa, da conversa gostosa, do devaneio sem sentido; aquela dúvida que é só dúvida, e que fica ali, na dúvida, fazendo coceira na parte de trás do nosso cérebro, que passa para frente, esquerdo, direito, esquerdo, cócegas, coceira de cócegas, que faz revirar a mente e chegar a lugar, algum, a lugar algum, a lugar qualquer.
Aquela dúvida que só faz a gente pensar, mas sem concluir sabe, aquela dúvida gostosa, boa –é, seu sei, estou me repetindo, desculpem-me, vou tentar parar, é que sou assim, não sei se falo demais sobre tudo ou se falo pouco sobre algo, enfim–. Mas eu falava, e ainda falo, sobre uma dúvida, que é bom todo mundo ter dentro de si, uma dúvida que você cultiva, não sei bem sobre o que é, de onde vem ou para onde vai, só sei que é uma massa de alguma coisa, que te faz pensar em algo, que movimenta seu cérebro como uma avalanche e que depois some, assim como purpurina, que gruda na sua pele, você tenta tirar a toda força, nada à faz sair, e como em um conto de fadas, a magia acontece e ela desaparece, como? Ninguém sabe, ao menos, eu não sei, parece que foi chupada para dentro da gente, vai saber, quem sabe um dia, um necropsista mais curioso, descobre, entre o coração e o pulmão tem um órgão escondido, um reservatório que guarda toda purpurina que um dia ficou grudada em nossa pele, dos carnavais, dias do índio na escola, todas elas, que estavam ali, atochadas em nossas bochechas e mãos, e que no momento seguinte, quando nosso cérebro esquece-as por um instante, elas entram, e passam a estar em simbiose conosco.
A dúvida que falo é assim, quanto mais pensa-se nela mais difícil é de tirá-la da cabeça e ela só cresce –fazendo-nos pensar, o que é bom-, e no momento seguinte, quando a esquecemos ela desaparece, como purpurina.
Sem sentido? Então está normal.
Não existem palavras que expressem a conexão estranha de nossas mentes. É quase como um reflexo na água, diferente, mas ainda é um reflexo de você mesmo. Não importa o quanto o tempo passe, o pequeno brilho, sempre continuará. Mesmo enterrado em algum canto obscuro da mente ou explodindo em nossos corações.
ResponderExcluirQue a eternidade dure este momento, e que dure até que a última estrela se apague.
Estou sem palavras minha querida, suas palavras sempre endoçam meu dia... Beijos.
ResponderExcluirE você teima em ser minhas palavras e meus pensamentos.
ResponderExcluirAté que o brilho da última estrela chegue ao fim.
Só pra dizer que... vim =)
ResponderExcluir[Beijo compartilhado.]
Nossa Lena, é uma emoção, uma emoção. Sem nome. Muito obrigado, é a segunda vez que você vem aqui, e me deixa assim, sem palavras, rs... Obrigado.
ResponderExcluirHey. Acho que estou me acostumando a comenta-eu sei que você gostou disso.
ResponderExcluirEntão, novamente sem palavras. Hoje eu estava tendo um dia realmente ruim , até que li o seu texto. Por acaso ja percebeu o tamanho da influencia que suas palavras tem sob mim ?
Estou amando você está se acostumando a comentar, rs....
ResponderExcluirEu fico muito feliz que minhas palavras -tortas- tenham uma -boa- influencia sob você, me deixa feliz. Obrigado pelas palavras de carinho :D
Adoro suas escrivinhações. Esta é a sua marca. Nunca se esqueça da sua essência. Beijocas, Ariel!
ResponderExcluirAh, muito obrigado querida, vou tentar nunca me perder em meio a tentativa de adequação, obrigado. Beijos !
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