Sacola Plástica

Sabe, hoje estou tão clichê, me deu vontade de começar esse texto com uns versos de Firework...essa cosia de se sentir como uma sacola plástica, solta ao vento, querendo começar de novo... As vezes me sinto assim, em tantos e tantos sentidos, me sinto sem raízes, me sinto solto ao sabor do vento, me sinto leve demais, leve em demasiado, sem peso para poder ficar em algum lugar, perdido ao humor do vento, também me sinto plástico...vagabundo, substituível, tão descartável...e isso é tão dolorido, sentir que sou um em um milhão, e que para você, sou um em um bilhão, e que para ela, sou um em três trilhões, quer dizer, não sou ninguém, ou melhor, eu sou ninguém... Assim, uma sacola plástica, sem importância...mas ai tem o outro lado, eu posso voar, para onde quiser, sou livre, de mim, de você, dela e do mundo, meu mundo sou eu, e isso é bom...sabe, é um pouco paradoxal, é, é bem eu, é uma liberdade feliz e depressiva, aqueles momentos em que você mergulha em si e descobre que está triste e feliz, aquela sensação de réveillon, de nostalgia, de vazio...

Paradoxo, esse sou eu, prazer.