Defeitos?

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro". Clarice Lispector.

Frase que nos faz pensar, o defeito faz parte de nós. Mas quem não diz: “você tem “este” defeito, e precisa melhorar”. Bom, até que ponto devemos melhorar, será que de tudo um defeito é ruim? Sinceramente, eu não sei. Será que eliminando um defeito podemos mexer em nosso “sistema” como diz Clarice Lispector? Fico em dúvida, algo ruim de certa forma pode nos fazer bem? Perguntas, perguntas e perguntas. Uma puxa a outra, a outra puxa mais uma. Conclusão? Nenhuma.
Mesmo na incerteza da verdade, tentarei dizer o que acho. Penso no defeito como um empecilho, e na maioria das vezes livrar-se de um empecilho é algo bom, mas será que deixar para lá algo que nos “constrói” não pode mexer com nosso equilíbrio? Não sei, mas eu acho que, ser “falante” de mais, é um defeito, mas é uma característica minha; falar muitas vezes sem pensar também é um defeito, mas também uma característica.
Será que jogando todas essas partes de mim pela janela continuarei sendo eu? Acho que não. Controlar um defeito é de grande valia, mas nem sempre livrar-se dele é a melhor escolha. Lógico que um defeito HORRÍVEL tem que ser eliminado. Mas o que é um defeito horrível? Bom, o meu horrível pode não ser o seu horrível, mas assim que um defeito lhe incomodar e incomodar MUITO as pessoas, ao ponto de lhe falarem corte-o pela raiz.
Bom, essa é a MINHA opinião. Fica a dica.

E a Clarice como sempre, nos fazendo refletir...